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Viaje com o Pedro do blog Travel with Pedro

por viajoteca
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Neste mês, a série de entrevistas “Viajando com quem Viaja” é com o Pedro do blog Travel with Pedro, um grande viajante, daqueles que conhecem literalmente muito mais de meio mundo e que percorreu quase todos os continentes, faltando somente pôr os pés inquietos na Antártica.

O mineiro de Montes Claros já cruzou a fronteira de mais de 100 países, mora em Londres, fala seis (!!!) línguas e prefere viajar de maneira mais lenta e, de preferência, com passagem só de ida. Não é à toa que em 2015 passou somente 4 meses na sua casa no Reino Unido… o restante do tempo passou conhecendo lugares novos e voltando a alguns dos muitos destinos que já o encantaram.

Nesta entrevista, conheça um pouco da história do blog e viaje com o Pedro do Travel with Pedro.

O Kremlin, Moscou Travel with Pedro
Pedro no Kremlin, em Moscou

Conheça o blog e as incríveis viagens do Pedro, clicando aqui!

Vamos viajar com o Pedro do Travel with Pedro?

Apaixonado por culturas e línguas, o próprio curriculum já indica isto: formado em Letras na UFV de Viçosa e em Hotelaria pela Blue Mountains Hotel Management School, na Austrália, largou a carreira como revenue manager de hotéis (a pessoa responsável pelo sobe e desce das tarifa – um serviço parecido com o das passagens aéreas) para se dedicar às viagens e investir no blog.

A paixão por línguas estrangeiras surgiu já na infância e aprendeu espanhol e alemão sem nunca ter tido aula (conta ele que aprendeu alemão no Curso de Idiomas Globo!). Das seis línguas faladas, ele afirma que algumas precisam de um pouco de prática pra recuperar a fluência, e no momento está aprendendo russo e turco: – O russo está avançando bem, mas o turco vai mais lento, já que quando estou na Turquia quase todo mundo com quem me relaciono fala inglês, diz ele.

Uma pessoa prática, que quase sempre viaja só com bagagem de mão e que gosta mesmo é de se hospedar no conforto de um hotel. Mas isto não o impede se conhecer muitas pessoas em viagem, mesmo gostando de viajar só, ele nunca está sozinho, já que conhece pessoas com muita facilidade. E quem o conhece pessoalmente sabe que é verdade, o Pedro é uma simpatia! Confira.

Astana, a capital do Cazaquistão Travel with Pedro
Pedro em Astana, a capital do Cazaquistão

Entrevista com o Pedro do blog Travel with Pedro

1 – Como começou esta tua vida de viagens? Para onde foi tua grande estréia?

 Minha primeira viagem foi para a Espanha. Eu ainda estava na universidade e fui selecionado pelo governo espanhol para um estágio na Universidade de La Laguna em Tenerife, Ilhas Canárias. O estágio, na verdade, consistia em tutorar os alunos de Letras Inglês de lá, enquanto eu seria orientado por um professor da mesma universidade. Foi uma experiência muito interessante e abriu um novo mundo pra mim.

Ao final desse período, fiz um mini-tour pela Europa, conhecendo outras partes da Espanha, Paris, Suíça e Itália. Depois disso, vi que viajar era fácil, não necessariamente caro, e queria mais e mais. Tanto que, no ano seguinte, voltei à Espanha com o mesmo programa e fiquei outros seis meses, agora na tradicional Universidade de Salamanca.

Desta vez era tutor de francês, que foi um desafio, já que falava a língua bem, mas não era fluente. Foi o pontapé que eu precisava para melhorar minha fluência no idioma. Mas o mais importante foi que, definitivamente, eu fui “picado” pelo bichinho viajante.

Rio Soča, na Eslovenia Travel with Pedro
Rio Soča, na Eslovenia – Uma das imagens mais marcantes de uma das últimas viagens do Pedro
No topo do vulcão Teide em Tenerife - 1ª viagem Travel with Pedro
Em Tenerife, na sua 1ª viagem, escalando o vulcão Teide. Pedro é o do meio.
2 – Você mora em Londres. Parece fácil optar por ela, mas qual foi teu motivo maior para morar na cidade? Quanto tempo você já está em Londres, e o que mais te agrada e o que mais te desagrada na terra da rainha? Já morou em outros lugares?

 Antes de me mudar pra Londres, estive na cidade duas vezes como turista e me apaixonei pelo lugar. Disse pra mim mesmo que um dia moraria aqui. Daí, ao terminar meus estudos na Austrália, onde morei por dois anos, decidi que era para cá que eu viria. Sydney é uma cidade fabulosa, com um clima muito gostoso, mas era muito difícil conseguir uma empresa por lá que me patrocinasse. Mandei meu currículo pela internet, fiz umas seis entrevistas por telefone e, finalmente, cheguei em Londres em 2002.

Gosto muito de como as coisas funcionam por aqui, da facilidade para viajar a qualquer lugar do mundo. É incrível como você encontra passagens baratas pra qualquer lugar, saindo de Londres! O respeito que se tem um pelo outro aqui é o grande motivo por que continuo no Reino Unido. As pessoas te valorizam pelo que você é, pelas suas qualidades, sua capacidade e experiência. Não porque você é filho de fulano ou amigo de beltrano.

O que não gosto daqui? É difícil dizer, mas o tempo às vezes me enche. Acabei de chegar da Eslovênia, onde o tempo, em geral, estava bom, e estava na Rússia há menos de um mês, onde até peguei um bronzeado. Mas aqui está sempre chovendo e isso cansa, às vezes.

A cidadela de Erbil, Iraque
A cidadela de Erbil, Iraque
3 – Muitas das tuas viagens são para o leste europeu, Oriente Médio e países da antiga União Soviética. O que te atrai para lá? Como começou esta paixão por destinos poucos usuais?

 Quando morei na Austrália, muitos de meus amigos eram árabes. Havia muitos libaneses na escola de hotelaria e isso me abriu a mente e despertou o interesse pelo Oriente Médio. Depois que vim para Londres, conhecer o Egito era minha prioridade. Acabei indo dois anos seguidos e comecei a entender a mentalidade árabe-muçulmana. Quando me dei conta de que já conhecia praticamente toda a Europa, conhecer lugares menos populares se tornou uma mania.

Eu adoro a cultura do Oriente Médio, a hospitalidade, e não me intrometo em certos aspectos. Prefiro não questionar certas coisas, já que não me sinto à vontade quando um estrangeiro critica os problemas do Brasil. Prefiro aceitar que são mundos diferentes e que cada lugar vai evoluir sozinho na época certa.

O caso da ex-União Soviética também aconteceu naturalmente, e à medida que passava mais tempo nessa região, vi o quão importante e útil seria aprender russo. Parece existir um universo paralelo onde ninguém usa o Facebook, e sim o VK; ou onde quase não se ouve música em inglês, e sim o pop russo. Com certeza me sinto mais “realizado” onde sei que a cultura é muito diferente do que estou acostumado, onde sei que estarei fora de minha zona de conforto – um clichezão, mas é a pura verdade!

Professor por um dia no Irã Travel with Pedro
Professor por um dia no Irã
4 – No teu blog Travel with Pedro ainda não existem posts de lugares como Alemanha e Itália. Isto é intencional ou destinos de massas te atraem menos?

 Não foi intencional, mas como tem tanta gente falando de Paris, Roma, Berlim, preferi começar o blog Travel with Pedro com os países menos populares. Era algo para despertar a curiosidade das pessoas e tentar “educá-las”, de certa maneira. Como você mesma notou, no Travel with Pedro vão encontrar mais posts sobre a Geórgia, Turquia ou Omã que da Alemanha ou EUA, por exemplo. O mundo é enorme e não se resume a praias paradisíacas ou obras renascentistas – agora acho que vão querer me bater! Rsrsrs

Adoro Florença, Paris, Barcelona, mas me dá mais tesão passar um mês na Geórgia ou na Birmânia, por exemplo.

Igreja de Gergeti em Kazbegi, República da Geórgia
Igreja de Gergeti em Kazbegi, República da Geórgia
5 – Como um grande viajante solo, o que você costuma fazer ao chegar num destino para não se sentir só e fazer novas amizades? Ou vc prefere desbravar as cidades sempre sozinho?

 Quando eu ficava em albergues, eu adorava conhecer pessoas, fazer amizades. Mas hoje fico mais em hotel ou apartamento, o que já dificulta conhecer pessoas. Mas hoje em dia gosto de passar horas em algum café e puxar conversa com alguma pessoa local. Sou cauteloso, mas baixo um pouco a guarda.

Dessa maneira, já conheci várias pessoas que acabaram me mostrando a cidade, explicando aspectos culturais e me levando a lugares que eu não descobriria sozinho. Numa situação assim, no Irã, acabei num carro com três iranianas, que me levaram pra passear. Onde eu imaginaria que isso podia acontecer? Nessa situação, por exemplo, acabei na casa de uma delas, conheci toda a família e até me levaram pra conhecer Persépolis e cuidaram muito bem de mim.

Também no Irã, acabei sendo convidado pra dar aula numa universidade por um dia. Uma loucura! No final, a gente nunca fica sozinho.

Nunca fico sozinho - aqui com uma celebridade do Kuwait Travel with Pedro
Viajante solitário, mas nunca sozinho. Aqui com uma celebridade do Kuwait
6 – Com tantas redes sociais em voga, quais você mais utiliza e qual te dá mais prazer em manter?

Eu uso praticamente todas, pra ser sincero. Usava muito o Facebook, mas com a mudança constante de algoritmos, já não funciona como antes. Mas se quiserem dar uma forcinha lá, é só curtir facebook.com/travelwithpedro – olha a propaganda barata! Hehehe

Também adoro o Instagram, mas desde que me permiti usar o Snapchat, estou ficando viciado. Adoro poder mostrar lugares novos nessa rede e quero investir em snaps mais criativos. Não sou escravo, se não tenho nada a dizer, não entro por entrar. Me segue lá também, é travelwithpedro (assim como em todas as redes!).

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7 – Você é um dos poucos blogueiros brasileiros que tem versão em inglês do teu blog. Você considera que os brasileiros e estrangeiros, em geral, procuram o mesmo tipo de informação nos blogs de viagem e atrações nas cidades? Qual das 2 versões faz mais sucesso (tem mais acessos)?

 Você vai achar que sou maluco, mas quando comecei o blog, tinha três versões, a terceira era em espanhol. Mas logo acabei não dando conta.

O brasileiro viaja de maneira um pouco diferente que os outros. O britânico, americano ou alemão é mais independente, mais prático. Já o brasileiro precisa que você segure na mão dele um pouco mais. Sempre adapto o texto para cada tipo de público, só assim pra dar certo.

Meu público maior é na versão em inglês, talvez porque os destinos que mais cubro não sejam tão populares entre brasileiros. Enquanto os europeus e americanos preferem meus posts sobre o Oriente Médio e a Geórgia, meus posts mais populares no Brasil são os poucos que tenho sobre Buenos Aires.

Em Piatra Neamt, no interior da Romênia
Em Piatra Neamt, no interior da Romênia
O Grand Canyon de Omã Travel with Pedro
O Grand Canyon de Omã
8 – Que lugares você indica como “trend” para os brasileiros que querem viajar por agora?

 Olha, dos países mais “exóticos” acho que o Irã é o grande queridinho dos brasileiros no momento. Tem muita gente indo ou querendo ir. Já nas Américas, a Colômbia é a grande revelação, tanto que eu mesmo acabei indo ano passado e me apaixonei pelo povo, pelas cidades que conheci, pela comida. Ah, também não posso me esquecer da Tailândia. Quando fui, vi e ouvi tantos brasileiros, que passei chamar o país de “a nova Buenos Aires”. rsrs

Fazendo amizades na bela Isfahan, no Irã Travel with Pedro
Fazendo amizades na bela Isfahan, no Irã

Pingue-pongue de Viagem:

1- Alguma viagem à vista? Qual seu próximo destino?

– Um cruzeiro pela Noruega, Ilhas Faroé e Islândia.

2- Quantos países você já visitou?

– 92 países, entre os reconhecidos pela ONU e as repúblicas rebeldes da antiga União Soviética.

3- Você coleciona algo dos destinos que conhece?

– Hoje só mantenho uma coleção de ímãs de geladeira. Deixei de comprar coisas maiores, que tomam espaço na mala e em casa.

4- O que te motiva a escolha do destino de viagem?

– Antigamente eu contava países, queria sempre ir a um destino novo. Hoje um lugar que seja fora do grande circuito, mesmo que eu já tenha estado 50 vezes.

5- Tirando o país que você mora, qual dos países pelos quais você conheceu que você acredita que se adaptaria para morar? Porque?

– Acho que a Espanha, Portugal. Pela língua, comida e a cultura parecida com a minha. Estou ficando preguiçoso pra me adaptar a uma cultura diferente demais. Rsrs Apesar disso, não descartaria Omã, a Rússia ou a cidade de Istambul, especificamente.

6- O que você viu de mais marcante na última viagem? Onde foi?

– Na última viagem, especificamente, vi um rio com uma água verde-azulada, que dava vontade de pular lá. Era o rio Soča, na Eslovênia. Era uma cor que jamais acreditava que existisse.

7- O que não pode faltar na sua mala?

– Poderia viajar só com a roupa do corpo – costumo levar pouca roupa e comprar o que preciso no local. Mas não posso ficar sem minha máquina fotográfica e meu iPhone. E muitos carregadores!

8- O teletransporte é possível pra você neste exato minuto, e para somente um destino. Para onde você vai?

– Coréia do Norte ou Groenlândia, sem pestanejar!

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