Visitando os incríveis Pans em Botsuana: um dos maiores salares do mundo!

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Os Pans em Botsuana foi amor à primeira vista. Em fotos e ao vivo. Quando decidimos ir para Botsuana, comecei a pesquisar o que ver, o que visitar no país, e me deparei com algumas fotos dos Pans. Na primeira foto eu já tive uma certeza: não sei onde fica, mas é pra lá que eu vou!

As fotos daquela imensidão branca de sal me impressionaram de tal maneira que eu não ia descansar sem ver com meus próprios olhos. E ao chegar lá, tive a certeza que nenhuma foto vai conseguir mostrar toda a beleza deste lugar único.

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Os Pans em Botsuana

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O que é um Pan?

Pan é a palavra local para designar um salar. E salar é uma região desértica com a superfície plana composta por sal e argila. Ou seja, uma imensidão branca, onde o horizonte distante é a única linha de referência. Um lugar magnífico que provoca miragens no calor do sol, dando a impressão de que dali alguns metros encontra-se um enorme lago.

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O salar que visitamos foi o Ntwetwe Pan que, junto com o Sua Pan (ou Sowa Pan) e outros salares menores, compõe o Makgadikgadi Pan. Juntos, estes salares de Botsuana cobrem uma área de 12 mil km² ao sul da estrada que liga as cidades de Nata e Maun.

O lado ocidental está protegido dentro de um parque nacional, enquanto a área a leste ou é deserto ou terra para pecuária (vê-se muitos animais pastando). O Ntwetwe Pan fica a oeste do Sua Pan e os dois são separados por uma faixa gramada curta.

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Makgadikgadi Pan

O complexo de pans Makgadikgadi é uma enorme região desértica plana intercalada por desertos de areia. Este complexo é composto por vários pequenos e grandes pans, que se encontram a sudeste do Delta do Okavango, na região nordeste do Deserto de Kalahari.

Este complexo se originou após a evaporação do lago Makgadikgadi. Supõe-se que há 100 mil anos atrás, o lago tinha 30 metros de profundidade e cerca de 60 mil km². Devido a mudanças climáticas e movimentos tectônicos, em torno de 4000 anos atrás, o lago secou. E com isto deixou em seus pontos mais profundos, até cinco metros de crostas de sal, que são as salinas que se vê hoje.

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Makgadikgadi X Uyuni

O salar Makgadikgadi disputa com o salar de Uyuni (na Bolívia) o título de maior deserto de sal do mundo. Apesar de o Makgadikgadi ser o maior em extensão, o Uyuni é considerado o maior salar do mundo. Isto porque o Uyuni é um salar único e o Makgadikgadi é a junção de alguns pans. O complexo de Makgadikgadi tem 16 mil km² e uma concentração de sal, enquanto o salar de Uyuni tem 11 mil km².

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O que se vê nos Pans em Botsuana

Na borda ocidental do pan há paisagens muito interessantes com canais, dunas, cumes rochosos e costões. A área em torno das salinas é uma região de pastagem aberta, com pequenas ilhas de palmeiras. Esta região é o maior centro de atração de migração de zebras fora da Tanzânia na estação chuvosa. Época esta que vai de junho a novembro.

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Animais

Durante a época de chuvas, esta área desolada se enche de vida. Isto porque as águas das chuvas formam panelas de água atraindo a migração de enormes rebanhos. Nestas épocas pode se ver rebanhos de zebras, gnus, etc. Ocasionalmente (se os pans encherem de água) aparecem também pelicanos. Isto além dos milhões de flamingos, que transformam a paisagem e são vistos no final de novembro.

Somente uma parte dos salares de Botsuana é protegida por parques nacionais. O Parque Nacional Makgadikgadi Pans fica na região oeste dos pans, incorporando a extremidade ocidental do Ntwetwe Pan e uma área adjacente de pastagens e florestas de acácia. Este parque é separado de outro, o Nxai Pan National Park, somente pela estrada que liga Nata a Maun, na região do Okavando Delta.

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Rios

Os principais afluentes de rios que irrigam a região são o rio Nata (a partir da confluência de Maitengwe e Manzamnyama), no Sua Pan, e o rio Boteti, que sai do Okavango Delta, e que fazem a alimentação sazonal do Ntwetwe Pan. Entretanto este pan está quase completamente seco. Isto porque o rio foi barrado para garantir o abastecimento de água da mina de diamante Orapa Diamond Mine.

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Passeios para conhecer os Pans em Botsuana

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A melhor forma de conhecer os salares de Botsuana é fazer um passeio guiado com quem conhece a região. O lugar definitivamente não é pra novatos e inúmeros acidentes acontecem com turistas que se aventuram por ali sem conhecer a geografia e particularidades dos pans de Botsuana.

O lugar ainda não tem um turismo muito desenvolvido, mas inúmeros lodges (hospedagens), oferecem passeios ou tem parcerias com locais que conhecem a área como a palma da mão. Inclusive, existem alguns tipos diferentes de tours para se escolher.

Nós optamos por fazer o passeio oferecido pelo lodge que nos hospedamos, pela praticidade. Dos passeios oferecidos pelo simpático dono do Gweta Lodge, escolhemos um de dia inteiro. O passeio, feito com o carro do lodge levava para visitar o Ntwetwe Pan (o mais próximo de Gweta). Além dos pans, o passeio levava para conhecer de perto os engraçadinhos suricatos. E de bônus, ir visitar 2 baobás centenários e muito famosos do país.

O passeio custou BWP 850.00 por pessoa (em torno de US$ 96).

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O que eu vi neste dia de passeio contei em 2 partes. A primeira parte é este post e a segunda parte pode ser lida aqui:

+ VISITANDO OS FAMOSOS BAOBÁS DE BOTSUANA A PARTIR DE GWETA[/vc_message]

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Conhecendo os Pans de Botsuana

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O passeio começou cedo pela manhã, num carro de safári do próprio Gweta Lodge. Neste passeio contamos com um motorista-guia local, simpaticíssimo, que conhecia os arredores muito bem. Ele foi dando excelentes explicações sobre a fauna e flora desta região única durante todo o dia.

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Suricatos

A primeira parada do dia foi depois de mais de 1 hora andando por estradinhas de terra batida, onde parecia que não passava ninguém há dias.

O melhor período do dia para ver estes adoráveis bichinhos é cedo pela manhã. Ou já no final do dia. Isto devido ao calor, que já não é mais tão intenso, e é quando eles saem para fora de suas tocas que ficam dentro da terra.

Depois de muita estrada e pó, paramos o carro no meio do nada, dentro do que seria uma fazendo local. Dali, seguimos caminhando em grupo com o guia por meia hora até chegar numa colônia de suricatos. Ali, a poucos passos de nós estavam os fofos suricatos. Quem não conhece o Timão, o amigo do Pumba, do desenho O Rei Leão?

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Suricatos

“O suricato (Suricata suricatta) é um pequeno mamífero nativo do deserto do Kalahari, em Botsuana. Estes animais têm cerca de meio metro de comprimento (incluindo a cauda), pesam em média 730 gramas, e possuem pelagem acastanhada. Os suricatos alimentam-se de pequenos artrópodes, principalmente escorpiões (são imunes ao veneno), aranhas, besouros, minhocas, entre outros.

Tem garras afiadas nas patas, que lhes permitem escavar a superfície do chão e tem dentes afiados para morder suas presas. Outra característica distinta é a sua capacidade de se elevarem nas patas traseiras, utilizando a cauda como terceiro apoio.

Estes animais são exclusivamente diurnos e vivem em colônias de até 40 indivíduos, que constroem um complicado sistema de túneis no subsolo, onde permanecem durante a noite. Seus maiores predadores são as águias e chacais. Dentro do grupo, os animais revezam-se nas tarefas de vigia e proteção das crias da comunidade.” (Fonte: Wikipedia)

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Depois de mais de 1 hora observando os suricatos, seguimos caminho. A próxima etapa do passeio seria para conhecer a parte mais aguardada da viagem por mim: os pans em Botsuana. O pan mais próximo de Gweta é o Ntwetwe Pan e foi para lá que nos dirigimos.

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Salares de Botsuana

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O passeio que fizemos pelo pan foi realmente incrível. Circular pela região é realmente uma experiência única. Parece que o lugar não tem fim, é uma imensidão de branco, que chega a enganar os olhos.

Nosso guia deu várias explicações sobre os pans (que relatei um pouco acima), paramos algumas vezes para fotos e para experienciar os salares de Botsuana. Sem dúvidas, não me decepcionei nem um pouco. O lugar é único e difícil de ser explicado em palavras. Os pans são simplesmente indescritíveis e nenhuma fotografia consegue mostrar sua imensidão e beleza. Por isto recomendo fortemente: vá ver com seus próprios olhos!

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Observações pessoais

Não é indicado passear pelos pans em Botsuana com carro próprio, sendo impossível se não for um 4×4. A superfície do pan engana muito e a olho nu é muito difícil visualizar quais áreas são úmidas ou secas (onde deve se circular).

Devido a este fato, muitos viajantes ficam atolados por não conhecer o terreno. Histórias de pessoas que ficam atoladas sem socorro por horas a fio no meio dos pans em Botsuana são inúmeras. Caso decida ir por conta própria, mantenha-se nas bordas ou contrate alguém da região para guiar o caminho. Não se arrisque em vão.

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Depois do passeios pelos Pans em Botsuana, o passeio seguiu para a visita aos baobás, que eu conto aqui no post sobre os Baobás de Botsuana.

+ VISITANDO OS FAMOSOS BAOBÁS DE BOTSUANA A PARTIR DE GWETA

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Onde se hospedar para conhecer os Pans em Botsuana

Durante o planejamento da viagem para conhecer os Pans em Botsuana me deparei com 2 possibilidades de cidades que serviriam de hospedagem para fazer a visita aos Pans, conforme meu roteiro: Nata e Gweta.

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Nata

Nata é um vilarejo um pouco maior que Gweta. A cidade fica no entroncamento de 2 estradas que cortam Botsuana. E esta cidade era minha primeira opção, já que eu gostaria de visitar a ilha Kubu, ou Kubu Island, no Sowa Pan. Entretanto não é muito fácil encontrar hospedagens no país nos sites aglutinadores. Desta forma tive de escrever para vários lodges e nenhum dos que ficavam em Nata me retornou.

Como passamos por ali uma semana após a Páscoa, pode ser que estavam todos lotados com mais de 2 meses de antecedência. Ou responder emails não é o forte deles…

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Gweta

Minha segunda opção foi o vilarejo de Gweta, perto do Nxai Pan National Park e Makgadikgadi Pans National Park. E procurando por hospedagem no site Booking, eu achei o Gweta Lodge. A cidade de Gweta é uma vila minúscula, com ruas de terra e quase nada de comércio. Mas com um povo muito simpático e hospitaleiro. Na curta caminhada que fizemos pelas ruas, fomos sempre recebidos com acenos e sorrisos.

O Gweta Lodge fica dentro da vila e apesar de ter sido meio abandonado nos últimos anos, está voltando aos poucos aos bons tempos. É um lugar muito agradável para se hospedar e onde logo a gente se sente em casa. E conta com uma área de bar pra lá de aconchegante em frente à piscina. Além disto, o Gweta Lodge oferece diversas opções de passeios pelos arredores. E era exatamente isto que estávamos procurando! De antemão já sabíamos que com o nosso carro alugado (que não era um 4×4) não conseguiríamos conhecer o que eu tanto desejava: os pans.

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