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Aventuras pela Islândia – Parte 4

por Rafa Etges
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A parte final de nossa viagem e aventuras pela Islândia estava chegando, e fizemos mais uma ‘esticada’ para conhecer o litoral noroeste da ilha, a região de Snæfellsnes: uma terra de marinheiros, viajantes, navegadores e lendas vikings com seus deuses e heróis, gigantes, trolls, e elfos.

Em torno de 3 horas de Reykjavík chega-se lá, e no caminho podemos parar e visitar mais crateras e vulcões adormecidos (na Islândia é assim mesmo, pare o carro e caminhe 10 minutos pelo campo de lava petrificada até o vulcão mais próximo! Alguns possuem trilhas para subir no alto das crateras e explorar um pouquinho mais).

vulcões adormecidos na Islândia

Snæfellsnes é mais uma paisagem remota e sem árvores, com amplos horizontes. Fazendas isoladas, com cavalos e ovelhas que vagam soltos pelos campos, e o vento sempre soprando forte.

Saindo da estrada principal e continuando por uma pequena estradinha, chegamos nos paredões rochosos de Gerduberg, com formações naturais de mais de dez metros de altura lapidadas em ângulos perfeitos, como se tivessem sido esculpidas por gigantes – fica fácil entender porque os vikings tinham tantas lendas ligando a natureza ao seu redor com seres fantásticos! Também dá para entender porque filmes como Thor (o próximo, nos cinemas em breve), 007 (A View to a Kill / Die Another Day), Batman Begins, Star Trek (o ultimo), Prometheus e Oblivion foram filmados lá!
paisagens remotas da Islândia

Prosseguimos para o norte, próximos ao litoral em Hellnar. No caminho, sempre com vento e chuva fina (tempo normal do verão Islandês)… passamos por mais praias e montanhas, uma delas sendo o monte Kirkjufell – tida por alguns como a montanha mais bonita de toda a Islândia, que pode ser escalada sem muita dificuldade pela crista sul (deu vontade, mas ficou para um outro dia…).
monte Kirkjufell na Islândia

Fizemos mais uma parada em Arnarstapi, que é uma pequena aldeia à beira-mar onde o lendário gigante Baldur um dia conviveu com seres humanos e até teve família e filhos com eles, mais tarde decidiu morar nas cavernas, depois que uma de suas filhas desapareceu no mar, levada por um iceberg (o locais dizem que o gigante está vivo e ajuda seres humanos em apuros, em terra ou no mar).
Gigante Baldur da Islândia

Finalmente, chegamos no vilarejo de Stykkishólmur. Essa antiga comunidade de pescadores foi fundada em 1550, e hoje tem apenas 1.100 habitantes. A vila recebeu seu nome graças à uma ilha próxima, chamada Stykkið (algo como “o pedaço” em Islandês), e a montanha Helgafell é onde está enterrada a mais bela heroína das sagas vikings Guðrún Ósvífursdóttir. Essa mulher, que viveu pelo ano 1.000, foi casada quatro vezes (mulheres vikings podiam se divorciar livremente, um avanço incrível em relação ao sistema medieval Europeu). Um dia, quando já era uma anciã, um de seus filhos perguntou qual marido ela mais gostou, e ela misteriosamente respondeu “Aquele que eu pior tratei, foi o que eu mais amei”. Historiadores debatem até hoje qual personagem teria sido…

vilarejo de Stykkishólmur na Islândia

paisagens na islândia

Minha última aventura na Islândia, no dia de retornar a Toronto, encontramos o Café Lóki aberto (finalmente) [Lokastígur, 101 Reykjavik]. Esse pequeno café fica do outro lado da igreja de Reykjavík, e serve pratos típicos Islandeses. Um deles eu já havia provado ao longo da nossa viagem, que é o peixe seco, um snack(petisco) típico desde os tempos vikings, servido puro ou com manteiga, muito rico em proteína, e pode ser encontrado em qualquer supermercado. O seu gosto é muito bom, porém é necessário comer sem pressa e deixar os pedaços de peixe seco umedecer na boca até sua textura ficar agradável, como a de um bacalhau bem preparado – caso contrario, parece que estamos mastigando um pedaço de papel-cartão… o cheiro do peixe seco também é forte, portando mantenha ele fechado na embalagem e bem lacrado caso decida trazer de volta para casa… o aviso foi dado! 🙂

Agora, a verdadeira comida de viking é o tubarão fermentado (leia-se: apodrecido), ou Hákarl – o prato nacional da Islândia. Veja a situação… :

O problema: o tubarão na Islândia (“tubarão da Groelândia”, Somniosus microcephalus) é muito saboroso e saudável, porém (por alguma razão que eu ignoro) sua carne é impregnada de amônia, sendo altamente tóxica no seu estado fresco.

A solução dos vikings: Enterra-se a carne do tubarão durante seis meses, sob pressão (embaixo de pedras, por exemplo) para que a amônia seja completamente expelida, enquanto a carne fermenta (apodrece). Depois de seis meses a carne está pronta para ser consumida com segurança :green:

Solução da “solução”… : vá ao Café Lóki lá perto da igreja em Reykjavík e peça o prato “Viking Braveheart”. Ele vem com uma porção razoável de peixe seco, pães de cevada da Islândia, e o pedacinhos de tubarão fermentado acompanhado de um copo de ‘Brennivín’ (um schnapps viking ou bebida alcoólica forte, feitas nas fazendas locais – lembra vodca). Coma a refeição normalmente, bebendo um gole do brennivín cada vez de comer um pedaço de tubarão (ele vem em cubinhos), para limpar a garganta. O tubarão tem a textura de uma carne meio borrachenta e o sabor de um queijo bem forte, ou seja, uma delicia…

E lá vai a última dica do post; no vôo de volta para Toronto, o avião sobrevoa o litoral sul da Groelândia. Fique com uma câmera à mão, pois se o céu estiver sem nuvens o visual a 30.000 pés de altitude é impressionante – é possível ver a costa dessa ilha polar com todos os seus detalhes, geleiras, icebergs brancos e azuis flutuando pelo Atlântico Norte, cadeias de montanhas e a imensidão de neve no interior do país.

Litoral sul da Groelândia

Litoral sul da Groelândia, visto da janela do voo Reykjavík a Toronto

geleiras da groelândia

Ilhas, baias, montanhas e belíssimas geleiras despejando icebergs no oceano. Alguns desses icebergs viajam centenas de quilômetros até o litoral da Islândia para o leste, ou o Canada no oeste)

EXTRA EXTRA:

* Para ver mais fotos da viagem, siga esse link para ver o album:

* Para ver o vídeo das aventuras do Rafa pela Islândia, veja abaixo:

Leia todos os posts da Islândia aqui do Viajoteca…

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Samara Medeiros 19 de outubro de 2014 - 18:27

Oi Rafael! Amei suas dicas! Eu e meu marido estamos planejando uma viagem para a Islândia para dezembro (vamos tentar ver a aurora boreal). Vocês ficaram quantos dias lá??
Excelentes seus posts! Espero conseguir aproveitar como vocês aproveitaram! Mesmo com o frio de dezembro!! 😉

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